quinta-feira, 29 de março de 2012

Na Lista: Transit Poetry - Blood on the Windmills



Transit Poetry - Site

Transit Poetry - MySpace


I wander as a shadow
Through the abyss of man's soul
This corrupt and brutal source
Of genocide and control

I'm creeping as a shadow
Through a burnt and ruined land
Where blinded brothers kill themselves
Due to a false command

I wander as a shadow
And watch maggots crawl high
Out of a soldier's mouth they raise
As black flies to the sky

I breathe the stench of bombs
And smell corrosion's scent
Lunatics, they take their lives
Into a suicide war they went

In darkest humiliation they carry the guns
There's blood on the windmills
As they are staring at the sun
On plains of devastation they bury their dead
There's blood on the windmills
A never-ending war so sad

I wander as a shadow
Through a world of deceit
Self-content and jealousy
On my journey's course I meet

We're all made of the same flesh
But separated by the mind
And by religious bigotry
Though we're all of the same kind


segunda-feira, 26 de março de 2012

O Jardim - H. P. Lovecraft

Existe um jardim antigo com o qual às vezes sonho,
sobre o qual o sol de maio despeja um brilho tristonho;
onde as flores mais vistosas perderam a cor, secaram;
e as paredes e as colunas são idéias que passaram.
Crescem heras de entre as fendas, e o matagal desgrenhado
sufoca a pérgula, e o tanque foi pelo musgo tomado.
Pelas áleas silenciosas vê-se a erva esparsa brotar,
e o odor mofado de coisas mortas se derrama no ar.

Não há nenhuma criatura viva no espaço ao redor,
e entre a quietude das cercas não se ouve qualquer rumor.
E, enquanto ando, observo, escuto, uma ânsia às vezes me invade
de saber quando é que vi tal jardim numa outra idade.
A visão de dias idos em mim ressurge e demora,
quando olho as cenas cinzentas que sinto ter visto outrora.
E, de tristeza, estremeço ao ver que essas flores são
minhas esperanças murchas – e o jardim, meu coração.


H. P. Lovecraft
(Tradução: Renato Suttana)


domingo, 25 de março de 2012

O Despertar

Desperte para a noite minha querida, teus desejos profanos invadem meus sentidos.
Inclinada às vontades sombrias, assim como eu, estais faminta e perturbada.
A morte em teu rosto cintila uma beleza fascinante em meio a toda brutalidade de teu ser.
Desfrute de teu destino, pois hoje recebeste o dom das trevas.
Mas faça de mim sua morada, assim faremos parte de uma única eternidade.

Penélope Luzi


Imagem: Victoria Francés

quarta-feira, 21 de março de 2012

Na lista: Seelennacht - Engel der Nacht

Como sabem, ando um tanto enrolada para escrever por causa da viagem e por outro lado sinto-me estranha por não atualizar o blog... É engraçado, já não consigo imaginar-me sem ele e vocês.
Hoje deixo aqui uma música que tenho escutado bastante nos últimos dias, espero que gostem.

Um grande abraço!!!




Seelennacht - Site

Seelennacht - MySpace


 


terça-feira, 13 de março de 2012

Comunicado

Meus queridos,

Eu e meu esposo estaremos indo viajar na madrugada desta quinta-feira (15/03), voltaremos na segunda metade do mês de abril. Estou avisando porque talvez não consiga postar, ou reduza as postagens, mas vou tentar! Eu sinto falta...
 Um enorme abraço!

Penélope Luzi




*      *      *



 

sábado, 10 de março de 2012

Doce Adeus

Aprisionei o amor em meu peito,
A cada estação abrigando a dor,
Repousando o pesar em seu leito,
Um eterno marasmo desolador.

Exausto deste viver perambulante,
Convivendo com a sua ausência,
Envolto em lembranças a todo instante,
Fazendo cessar minha permanência.

Nesta despedida sem arrependimento,
Pronto a tornar o sonho real,
Livre de qualquer julgamento,
Juntar-me-ei a ti, meu único ideal.

Penélope Luzi


quarta-feira, 7 de março de 2012

Fim da banda Elis

É uma pena, mas acabo de saber que a banda anunciou o seu fim. Confira no Silence of Shadows.


Minha música favorita do período em que Sabine Dünser (R.I.P.) era a vocalista. No início da carreira a banda se lançou como Erben Der Schöpfung, futuramente tornando-se Elis.

Penúria

Quando o véu da noite cruza o céu, despertando-o para o seu banquete, nenhum tolo pode contra a sua vontade.
Veloz como um demônio faminto desejando aplacar sua sede, convidando cada vítima à oferecer-lhe a vida.
Extraindo o bem mais precioso, suavemente, compreendendo o quanto necessitava daquilo em suas veias, um acordo sem troca.
Silenciosamente na noite se guarda, nos altos das torres, atrás de cada sombra, olhando para o mundo e recordando cada mentira que lhe foi contada.
Questionando, noite após noite, onde estaria a sua satisfação.

Penélope Luzi


Imagem : Victoria Francés

segunda-feira, 5 de março de 2012

Torre de Névoa - Florbela Espanca


Subi ao alto, à minha Torre esguia,
Feita de fumo, névoas, e luar,
E pus-me, comovida, a conversar
Com os poetas mortos, todo dia.

Contei-lhes os meus sonhos, a alegria
Dos versos que são meus, do meu sonhar,
E todos os poetas, a chorar,
Responderam-me então: "Que fantasia
,

Criança doida e crente! Nós também
Tivemos ilusões, como ninguém,
E tudo nos fugiu, tudo morreu!..."

Calaram-se os poetas, tristemente...
E é desde então que eu choro amargamente
Na minha Torre esguia junto ao céu! ...


Florbela Espanca – Livro de Mágoas




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